quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Brasil: Inteligência Fiscal Integrada



Hoje em dia nenhuma empresa, independentemente do porte, escapa do Fisco. Com várias ferramentas informatizadas, os órgãos arrecadatórios vêm fechando o cerco a todos os contribuintes, tanto pessoas físicas, quanto jurídicas. Embora o argumento seja o da modernização, o grande trunfo do Fisco, que utiliza de modernos softwares para identificar com maior precisão as irregularidades cometidas pelas organizações, é simplificar a fiscalização e facilitar o cumprimento das obrigações acessórias. 

O mais impressionante é que essa poderosa arma contra os sonegadores parece ter saído de filmes de ficção científica: a inteligência artificial. A documentação em papel cedeu lugar a informações fornecidas ao Fisco por meio de um avançado sistema digital online, o que contribuiu com a eliminação da burocracia e ainda promoveu agilidade nas transações. Em nome da redução de custos, diminuição dos entraves burocráticos e do fortalecimento do controle e fiscalização, o Governo, entre testes e adaptações, substituiu os livros fiscais e contábeis pelo Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). Por fazer parte de um sistema digital, a Receita Federal pode visualizar cada
 Ação e cada parte do processo com detalhes riquíssimos. Nos próximos três anos, a obrigatoriedade das quatro frentes do Sped - Escrituração Fiscal Digital (EFD); Escrituração Contábil Digital (ECD); Nota Fiscal Eletrônica (NF-e); e Escrituração Fiscal Digital PIS/Cofins (EFD-PIS/Cofins) crescerá de forma exponencial e alcançará rapidamente milhões de empresas.

A grande e esperada experiência desse Sistema ocorrerá em janeiro do ano que vem, quando aproximadamente 2 milhões de pequenas organizações também terão que se enquadrar no Sped. Não tem mais volta: tudo tende a ficar cada vez mais eletrônico, mais digital. O assunto tem gerado muitas dores de cabeça no meio empresarial. Entretanto, não há razões para temer: as consequências deste cruzamento de informações são a autuação eletrônica e a tipificação comprovada do crime de sonegação fiscal. Por isso, é fundamental que todos se preocupem, se preparem e se adaptem, o mais rápido possível, para essa nova realidade tributária brasileira. Diante desse cenário, é recomendável que o contribuinte invista em sistemas, equipamentos e, principalmente, na qualificação técnica e profissional de sua equipe interna para que a comunicação entre os departamentos financeiro e administrativo seja consistente, segura e possua qualidade. Só assim as empresas ficarão livres dos “fiscais eletrônicos”, que não deixam passar batido nenhum detalhe.
 

As informações falsas, incorretas e os tradicionais deslizes e esquecimentos já não são mais “perdoados”. A “averiguação” desses fiscais é cada vez mais eficiente, e não somente com o propósito de arrecadar taxas, tributos e impostos. Os sistemas fiscalizatórios vão muito mais além ao coletarem os dados sobre o comportamento das companhias, cruzando as informações em busca de fraudes e operações ilícitas.  Não é mais possível utilizar o velho jeitinho brasileiro. O tempo das “conversas” com os fiscais foi deixado para trás. Esses profissionais, a cada dia, estão sendo mais representados pela capacidade e o
 Investimento tecnológico do governo, que vem crescendo aceleradamente. É importante ressaltar que essa capacidade tecnológica do governo vem, a cada dia, crescendo e se desenvolvendo mais e mais, e exige que todas as empresas acompanhem essa evolução. E, muito pior que o Big Brother, esse “grande irmão” pode impor severas multas para quem não entrar no jogo. Ganhar essa competição é uma exigência com data marcada.
Autor: Domingos Orestes Chiomento

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Como fazer a gestão financeira da sua empresa



Você fez seu plano de negócios com perfeição. Achou o ponto ideal. Demorou, mas conseguiu contratar os colaboradores ideais para dar o melhor atendimento possível aos seus clientes, cada vez mais satisfeitos. Você já tem um site, ume-commerce, já está com vários seguidores nas redes sociais e seu faturamento até podia ser melhor, mas você também não pode se queixar. Agora, é só segurar o leme e deixar o barco seguir o seu curso, quem sabe até tirar uma semaninha de férias, não é mesmo?

Que nada. Para você tirar as férias dos sonhos, é necessário saber com a precisão de um engenheiro como está o estado de saúde financeira da sua empresa. Sem isso, aquilo que parece lucro pode esconder uma bomba-relógio capaz de destruir seu negócio da noite para o dia. Como resolver isso? “Pode-se definir como planejamento estratégico como sendo a junção dos planejamentos operacionais e financeiros”, diz o superintendente Nacional de Micro e Pequena Empresa da Caixa Econômica Federal, Dário Araújo. “Depois do planejamento, vêm as fases de execução e controle do negócio com acompanhamento dos resultados versus os planejados.”

Na sexta e última reportagem da série Soluções de Sucesso, Dário Castro de Araújo aborda com exclusividade para o Empreendedores como o empreendedor deve se guiar na jornada empresarial se posicionando no mercado e conseguindo ter seus produtos e serviços reconhecidos pelos consumidores. “Para isso, pode-se, de forma simplificada, definir o funcionamento da empresa nos aspectos operacional e financeiro tratando como dois “departamentos técnicos”, ambos exercidos pelo empreendedor.” Ele acrescenta que, na prática, “gestão operacional e gestão financeira andam juntas e são fatores determinantes para o sucesso do empreendimento.”

Departamento Operacional

Esse departamento é responsável pela gestão do negócio em relação aos produtos. Aqui é necessário avaliar as oportunidades de mercado e clientes potenciais. Selecionar insumos, matérias-primas, fornecedores e empregados que atendam às condições para realizar a produção, vendas, entregas nas condições negociadas e manter relacionamento com os clientes para futuros negócios são tão importantes quanto cuidar do processo de compra, conservação – no caso de comida, processamento, e estocagem.
Operacional: perguntas que todo empreendedor deve se fazer
- Qual a demanda esperada e a capacidade/interesse da empresa em atender no curto, médio e longo prazo em quantidade de vendas (kg) – respectivamente no 1º ano, 2º e 3º em diante?
- Quais as metas de venda, produção e entrega por semana/mês para atingir os objetivos?
“Respostas a essas perguntas requerem estudos de mercado quanto a fornecedores, consumidores, matérias-primas, sazonalidades, domínio pelo empreendedor do processo produtivo e outras afins que vão compor o chamado planejamento operacional da empresa”, diz Araújo.
Departamento Financeiro

É o departamento responsável pelo dinheiro do empreendimento. Ele define a composição das fontes de financiamento entre recursos próprios, fornecedores e bancos. Alocar os recursos próprios, negociar com fornecedores e bancos condições, tais como volumes de crédito, prazos e formas de pagamento e orientar as condições de compra e venda, como volumes de contas a pagar e receber, prazos e formas de pagamento/recebimento.
Para qualquer empresa funcionar, é necessário avaliar os dois recursos financeiros:
capital de investimento, que significa montar a estrutura física com máquinas e equipamentos; e capital de giro, que é como o empreendedor garante o fluxo de caixa para manter as despesas de curto prazo enquanto aguarda as entradas de receitas.

Financeiro: perguntas que todo empreendedor deve ser fazer

- Considerando os custos e receitas esperadas em função dos objetivos de curto, médio e longo prazos em volumes financeiros – respectivamente no 1º ano, 2º e 3º em diante – o empreendimento é viável?
- A realização da metas de produção e venda por semana/mês gera receitas suficientes para saldar os compromissos com fornecedores/bancos nos prazos acordados e margem de lucro adequada ao negócio?
“Nesse caso, as respostas dependem de estudos financeiros que incluem definição de custos de produção, preços de venda, orçamentos de receitas e despesas, contas a pagar e a receber, necessidade de capital de giro, fluxo de caixa, remuneração do empreendedor e outros integrantes do planejamento financeiro da empresa”, explica Araújo.

Dilma sanciona lei de correção da tabela do IR



A presidente Dilma Rousseff sancionou com veto o Projeto de Lei de Conversão da Medida Provisória 528, que trata da correção da tabela do Imposto de renda Pessoa Física (IRPF). Foi vetado o dispositivo que permitia a dedução, no Imposto de Renda, de valores relativos a planos de saúde privados pagos aos empregados domésticos.

Publicada na edição desta segunda-feira (29/08), do Diário Oficial da União, a nova lei reajusta em 4,5% ao ano os valores da tabela do IRPF até 2014. Com isso, a faixa de rendimentos mensais isenta do imposto passou, este ano, de R$ 1.499,15 para R$ 1.566,61. Em 2014, estarão isentas as pessoas com rendimentos mensais de até R$ 1.787,77.

A justificativa ao veto do dispositivo que permitia aos empregadores deduzir valores referentes a planos de saúde pagos aos empregados domésticos é que a proposta de dedução distorce o princípio da capacidade contributiva. A justificativa diz ainda que entidades representativas da categoria profissional questionam o efetivo benefício da proposta aos empregados domésticos.

"Ao permitir que sejam deduzidos da base de cálculo do
 Imposto de renda da pessoa física o valor das despesas com plano de saúde pago pelo empregador doméstico em favor do empregado, a lei estará criando exceção à regra de que a dedução se aplica ao contribuinte e aos seus dependentes, visto que este é o núcleo familiar suportado pela renda produzida. Alcançando despesas com terceiros, a dedução passaria a constituir-se em benefício fiscal", diz o texto com a exposição de motivos para o veto. Com informações da Agência Brasil.
Fonte: Consultor Jurídico

Como fazer o seu fluxo de caixa crescer



Não é o volume de vendas o maior problema para o equilíbrio das contas nas pequenas empresas. É manter um fluxo de caixa positivo. Se o dinheiro não está disponível quando você precisa, fica muito mais difícil cumprir os compromissos com fornecedores, financiadores e, consequentemente, com os clientes.  Então, você recorre a empréstimos, aumenta as despesas e acaba estrangulando ainda mais o caixa. Como escapar dessa armadilha? Carol Tice, do portal norte-americano Entrepreneur.com tem a resposta, com essas seis dicas para acertar o seu fluxo de caixa. Veja a seguir.
1- Pague as contas quando elas vencem, não antes – Somente pague contas antes do vencimento se receber algum desconto ao fazer isso. Se não, deixe o dinheiro no banco até o dia do vencimento.
2- Negocie prazos melhores – Se o seu caixa está sempre negativo por volta do dia 15, por exemplo, renegocie os seus prazos com fornecedores para que algumas sejam pagas somente no dia 30.
3- Faça sua lição de casa – Investigue o passado financeiro de clientes e compradores. Peça referências e confira se são verdadeiras.
4- Seja criterioso ao oferecer crédito – Se você está na dúvida se deve oferecer crédito a algum de seus clientes, não o faça. Ou ofereça crédito para uma quantia pequena, a título de teste.
5- Corte despesas desnecessárias – Tenha um propósito claramente definido para cada despesa. Reveja também as despesas recorrentes periodicamente para confirmar se elas ainda são necessárias.
6- Reformule a sua política de estoque – Um erro comum entre pequenos varejistas é estocar grandes quantidades sem necessidade. Determine quais são os itens com maior rotatividade e melhor margem de lucro, e concentre a maior parte das compras neles.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Cinco regras para um networking eficiente



networking é uma estratégia para a geração de novos negócios que é usada de diferentes formas desde a invenção da economia. Impossível de ser traduzida ao pé-da-letra, a palavra embute o sentido de fazer da rede de relacionamentos profissionais um instrumento. De fato, pode ser uma ferramenta de marketing efetiva e barata, desde que usada corretamente. Muitos empreendedores, no entanto, não conseguem os resultados esperados por falta de conhecimento sobre as regras desse “jogo”, e acabam afastando em vez de atrair clientes e parceiros.  Para não perder a oportunidade de formar parcerias e conquistar mais clientes, veja as cinco dicas de Matthew Toren, do portal norte-americano Young Entrepreneur, para fazer um networking que de fato dê uma guinada na sua empresa.
1-Seja genuíno e autêntico
As pessoas gostam de fazer negócios com pessoas de quem gostam, e ninguém gosta de falsidade. Não importa o quão bom você seja, ou quão incrível seu produto seja, não vai importar se os seus futuros clientes e parceiros pensarem que você está escondendo algo. Seja honesto com quem você é de verdade, represente corretamente a sua empresa e construa relacionamentos genuínos com as pessoas com quem se conecta. A autenticidade vai fazer com que se destaque dos outros e deixar uma boa impressão que vai encorajar as pessoas a quererem fazer negócios com você.
2-Escute mais e fale menos
Você já deve ter conhecido uma pessoa que fala muito de si próprio. E deve se lembrar também como isso é desagradável. Na hora de fazer networking, a sua missão é não é provar o quanto você e a sua empresa são legais, mas sim identificar o que há de comum entre você e as pessoas com que se comunica, além de descobrir como você pode estabelecer um relacionamento com elas.  No próximo encontro, você deve ter algum assunto para retomar e seguir construindo um relacionamento.
3- Leve somente cinco cartões de visita para cada encontro
Muitos especialistas podem discordar desta estratégia, mas vai entender o que queremos dizer se você se lembrar de alguns encontros ou eventos passados, quando levou de volta para casa uma pilha de cartões. De quantos deles você se lembra? Com quantos fechou negócios? Cinco cartões são suficientes, porque networking serve para construir relacionamentos de verdade. Por isso, reserve os cartões para aquelas pessoas com quem você se conectou realmente.
4- Não seja “aquela pessoa”
Não seja aquele empreendedor que vai de um em um em um evento distribuindo seu cartão. Esse tipo de pessoa interrompe conversas para dizer quem é e por que você precisa conhecê-lo. E antes quer você tenha uma chance de responder, ela parte para a próxima vítima. Já viu isso, não? Então não seja essa pessoa.
5 – Aproxime-se dos organizadores do evento
A pessoa mais importante do evento é aquela que reuniu os participantes. Procure o organizador, respeitosamente, inicie uma conversa e estabeleça uma conexão. Um bom líder vai apontar você na direção de algumas pessoas-chaves que considera importante você conhecer. E faça a sua parte, indicando eventos desse organizador para outros empreendedores.

Trabalho terceirizado exige regulamentação


O mercado de trabalho terceirizado está crescendo de forma substancial no Brasil. Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem) aponta que há cerca de 8,2 milhões de trabalhadores regidos por esta condição no País, o que representa por volta de 8% da População Economicamente Ativa (PEA) da Federação.

De acordo com dados do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Paraná (Seac-PR), há pelo menos cinco mil vagas disponíveis para profissionais de limpeza, portaria, encarregados, jardineiros, entre outros, para trabalhar como terceirizados no Estado. Entretando, com tantas prestadoras de serviço se degladiando no mercado para angariar contratos públicos e privados, diversas irregularidades acabam acontecendo.

Entidades ligadas ao setor se reuniram ontem no auditório do Sindicato do Comércio Varejista de Londrina(Sincoval) para discutir a regulamentação deste mercado. O evento contou com diversos especialistas no assunto e também com o deputado federal Roberto Santiago (PV-SP), que é relator da Comissão Especial de Terceirização da Câmara. O objetivo é que nas próximas semanas seja colocado em pauta no Congresso este marco regulatório.

O advogado João Graça, ex-superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego do Paraná (MTE-PR) e um dos organizadores do evento, comentou que existem cinco mil processos suspensos no Brasil relacionados à prestação de Serviços por conta de não haver uma legislação específica. ''Há somente algumas leis esparsas e o enunciado 331 do Tribunal Superior do Trabalho para tratar do assunto.''

Ele ressaltou que Londrina tem uma Demanda muito grande de empregados terceirizados, como por exemplo, os grupos de call center. ''É importante que esta situação seja esclarecida e fundamentada dentro de um processo legislativo''.

Outro assunto levantado pelo advogado foi sobre os problemas com uma rede varejista, que terceirizou um serviço de costura com uma empresa em São Paulo, que por sua vez também terceiriza o serviço. Os empregados, muitos oriundos da Bolívia, foram encontrados pelos fiscais do MTE em regime de escravidão. ''Temos casos aqui na região de tomadores de serviço público na saúde, no lixo, etc. Vários trabalhadores não têm o direito garantido. E muitas vezes o tomador foi diligente em contratar a empresa devida e não se responsabiliza por isso''.

Adonai Arruda, presidente do Seac-PR e dono da Higi-Serv, empresa do ramo de asseio e conservação que possui 4,8 mil empregados terceirizados, disse que tais empresas acabam empregando milhares de trabalhadores da base da pirâmide. Ele também salientou a importância da regulamentação deste segmento. ''É muito fácil montar uma empresa prestadora de serviço no País, por isso também é muito fácil que situações negativas aconteçam''.

Fonte: Folha Web

Reforma tributária precisa reverter injustiça na cobrança de impostos

Quem compra um helicóptero ou iate em São Paulo paga proporcionalmente menos imposto do que o consumidor que adquire medicamentos na farmácia. Pobres pagam mais tributos

No Brasil paga-se proporcionalmente mais imposto para comprar um remédio no balcão da farmácia do que para adquirir um helicóptero em São Paulo. A situação indica o modelo injusto de tributação, que faz com que a população mais pobre pague mais do que os ricos, tornando o sistema mais uma fonte de concentração de renda. Especialistas na questão defendem que seria necessário que a arrecadação de impostos fosse no sentido contrário, de distribuir riquezas.

Isaías Coelho, auditor-fiscal da Receita Federal e ex-Secretário Adjunto do órgão, afirma que o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) em São Paulo sobre medicamentos é de 18%. Para um helicóptero, 7%. "Estamos sendo condescendentes com esta fraude tributária e passamos a mão na cabeça de quem impõe tal coisa. Achamos normal que a imprensa noticie esquemas de qualquer espécie, mas ninguém acha estranho que não questionem isso?", criticou Coelho.

Em seminário promovido nesta quarta-feira (24) pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) na Capital paulista, economistas defenderam a necessidade de uma reforma tributária que crie um sistema de cobrança de impostos mais justo. A estimativa é de que a Carga Tributária no país chegue a 34,9% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, mas com uma fonte de arrecadação desequilibrada.

O uso da saúde pública para tratamentos caros para os mais ricos, além da ocupação das vagas nas melhores escolas públicas também foram motivos de questionamento. Sérgio Eduardo Abulu Mendonça, assessor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostrou-se pessimista em relação ao retorno social que a tributação atual proporciona. Em 2009, apenas 10,4% do total arrecadado voltou para a Sociedade emInvestimentos em educação e saúde.

"A estrutura desincentiva atividades produtivas e criação de empregos", disse. Para ele, o principal entrave para a reforma são os estados, que arrecadam a maior parte dos impostos que recaem sobre o consumo. A melhora na estrutura tributária dependeria da mudança no pacto federativo o que, segundo ele, ainda está longe de acontecer.

Dados do Dieese mostram que, em 2009, 20 municípios pobres sobreviveram com Orçamento per capita inferior a R$ 1.032, enquanto nos mais ricos os recursos disponíveis superavam R$ 2.000. A fórmula tende a perpetuar a concentração de renda nesses municípios mais abastados.

Tributos
A forma de tributação indireta, na avaliação dos especialistas, é a que mais contribui para a chamada regressividade da tributação por atingirem de forma desigual o contribuinte. ICMS, Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto Sobre Serviços (ISS), Programa de Integração Social (PIS), entre outros, acabam repassados aos preços de Bens e serviços. Dessa forma, quem ganha menos paga mais.

Tributos como Imposto de renda de Pessoa Física, Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) são calculados sobre o patrimônio e a renda. Nessa modalidade, é possível garantir que, quanto mais rico, maior será o valor recolhido, o que garante que a estrutura de cobrança funcione também para distribuição de renda.

Programas sociais, como o Bolsa-Família, Benefícios de Prestação Continuada (BPC), auxílios doença e acidente e seguro-desemprego ajudam nesse sentido. Segundo Jorge Abrahão de Castro, diretor de estudos e políticas sociais do Ipea, nesses casos o poder público usa o montante arrecadado e repassa à população mais pobre, contribuindo para um sistema tributário progressivo, como forma de diminuir a desigualdade de renda no país.

Segundo o Ipea, são R$ 43,2 milhões em benefícios transferidos por mês para saúde pública, educação e previdência.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Seis passos para alcançar a excelência



O jeito que trabalhamos não funciona. Essa é a essência do pensamento de um respeitado consultor de negócios norte-americano, Tony Schwartz, autor de vários livros sobre trabalho. Segundo ele, estudos mostram que apenas uma em cada cinco pessoas se sente envolvida com o seu trabalho. E não é preciso de pesquisas para qualquer um notar que, quanto menos entusiasmo, pior o desempenho de uma empresa. O motivo disso estaria na falsa premissa que as pessoas trabalham como um computador: sem parar, em altas velocidades, por longos períodos de tempo e executando múltiplas tarefas ao mesmo tempo.
Como é insustentável cumprir exigências além da capacidade, defende Schwartz, as pessoas perdem qualidade e tendem à mediocridade – o que é péssimo para empregados e empregadores. O sucesso, porém, depende de ser realmente bom em algo. Em artigo publicado no Jornal do Empreendedor, ele dá seis conselhos para alcançar a excelência.
Busque o que você ama
A paixão é o melhor motivador que as pessoas podem ter. Ele alimenta o foco, a resistência e a perseverança.
Faça o mais difícil primeiro
Resolva os problemas de maior atenção e realize tarefas que você considera mais duras primeiro, assim que você chegar à empresa. O começo do dia é o melhor momento para a maioria das pessoas; é quando temos mais energia e menos distrações.
Pratique intensivamente
Trabalhe sem interrupção pelo menos 90 minutos e depois dê uma pausa. Pesquisas dizem que é em 90 minutos o tempo melhor para conseguirmos dar o máximo de foco em determinada atividade.
Procure feedback de especialistas em doses intermitentes
Quanto mais simples e precioso for o retorno, melhor para você fazer os seus ajustes. Cuidado, muito feedback cria uma saturação cognitiva, o que pode aumentar a ansiedade e interferir no aprendizado.
Faça uma pausa regularmente
Relaxe depois de um esforço intenso. Isso não vai apenas rejuvenescer, mas vai metabolizar e incorporar aprendizados. Quando o empreendedor descansa também, ele consegue com mais facilidade ter insights importantes.
Ritualize a prática
A melhor forma de se assegurar que tarefas difíceis serão realizadas é ritualizá-las. Construa momentos específicos, invioláveis, nos quais você pratica aquela determinada tarefa. Isso vai ajudar você a não perder mais tempo depois.

Justiça recebe denúncia contra mais um deputado



O juiz Elder Lisboa Costa, da 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital, recebeu a Ação Civil Pública movida pelo promotor de Justiça Nelson Medrado, contra o deputado Martinho Carmona, Athos Neves da Rocha e Maria de Socorro Rodrigues da Costa, estagiário e funcionária comissionada da Assembléia Legislativa do Estado. Eles são acusados de improbidade administrativa.

Conforme a Promotoria de Justiça, no período entre 01/06/2004 a 31/05/2005, após o término do estágio de Athos Neves este continuou recebendo o valor pago pelo órgão a título de bolsa remuneração para o estagiário lotado no gabinete de Martinho Carmoma.

Na ação o MPE relata que o estagiário utilizou a documentação de uma prima, menor de idade, para permanecer recebendo a remuneração da bolsa estágio com a conivência da funcionária e do parlamentar. O MPE também relata que a própria admissão do estagiário se deu mediante certificado de ensino médio fraudulento.

Os réus terão agora prazo de 15 dias para oferecer contestação, após serem citados por um dos oficiais de justiça que atuam no Fórum Crível de Belém, o que poderá ocorrer nas próximas horas, já que mandado, expedido pelo diretor de secretaria, já se encontra em poder do oficial.
Na ação o procurador requereu à Justiça além da procedência da ação, a condenação dos envolvidos nas sanções previstas na Lei 8429/92, com o ressarcimento ao erário público dos valores recebidos irregularmente.( DOL com informações do TJE)

Hospital Ophir Loyola supera número de transplante de rim realizados em 2010



Em levantamento concluído esta semana, o Hospital Ophir Loyola apontou um aumento no número de transplantes de rim realizados em 2011. Na região Norte do Brasil, o Hospital é referência na realização de transplantes e na captação de órgãos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Há mais de 10 anos desenvolve um serviço de transplantes renais, atendendo mensalmente 160 pessoas, entre cirurgias e pacientes em tratamento pré e pós-operatório.

 
Até o momento o serviço de transplantes de rim do HOL realizou 449 transplantes entre doadores vivos e falecidos.  Somente no primeiro semestre deste ano, foram realizados 38 transplantes de rim, suplantando o número desse procedimento  em comparação ao ano de 2010. O Estado do Pará, através do HOL é o maior centro transplantador de rim do Norte do país, inclusive pediátrico, com resultados semelhantes a grandes centros transplantadores do Brasil e do mundo, o que evidencia  a eficiência e capacidade da equipe de transplantes da Instituição. 

 
Esse transplante é considerado a mais completa alternativa de substituição da função renal. A cirurgia  dura entorno de 2 a 3 h e consiste na transferência de um rim de um indivíduo para outro, a fim de compensar ou substituir uma função perdida para pacientes renais crônicos em fase terminal ou não, em diálise ou em fase pré- dialítica,  portadores de diabetes mellitus e/ ou hipertensão arterial, ou outra nefropatias diversas que leve a Insuficiência  Renal Crônica (IRC).

Modalidade terapêutica de alta complexidade, o transplante pode ser o último tratamento indicado para pessoas com patologias graves. Trata-se da substituição transferência de células, tecidos ou órgãos vivos de um indivíduo doador, que pode ser vivo ou falecido (morte encefálica) para outra pessoa receptora com a finalidade de restabelecer uma função perdida. “O serviço de transplantes está recebendo todo apoio do Governo do Estado, mas para que aconteçam mais transplantes é necessário que haja mais doações de órgãos,ou seja conscientização da sociedade sobre a importância do ato, principalmente devido ao maior número ser realizado entre doadores falecidos”, analisa o chefe de Transplante do Ophir Loyola, Ricardo Tuma.

 
Através da Comissão intra-hospitalar multidisciplinar de Doação de Órgão e Tecido para Transplante (CIHDOTT), o HOL avalia o doador com base na sua história clínica, antecedentes médicos e exames laboratoriais, a viabilidade dos órgãos, bem como a sorologia para afastar doenças infecciosas e teste de compatibilidade para prováveis receptores. Não havendo contra-indicações formais, a equipe de transplante aceita ou não o enxerto de acordo com o perfil do seu receptor e do doador. Quando existe um paciente como morte encefálica é feita uma abordagem familiar que necessita autorizar a possível doação de órgãos isolados, tecidos ou de múltiplos órgãos.

 
 Os órgãos são disponibilizados para Central de Notificação, Captação e Doação de Órgãos (CNCDO) do Estado, que possui uma lista que segue critérios estabelecidos por lei, podendo ser cronológico ou por gravidade do receptor. São provenientes de qualquer Hospital ou clínica do Brasil, onde muitas cidades não fazem transplante, porém disponibilizam os órgãos para a CNCDO Nacional que oferece aos centros transplantadores de acordo com as prioridades através do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).  Para a realização do procedimento diversos exames são necessários, entre clínicos e de imagem, laboratoriais, sorológicos para afastar doenças infecto contagiosas, testes de compatibilidade, atendimento multidisciplinar com vários especialistas de acordo com que cada caso requer.

 
Para avançar ainda mais nesta referência, o Governo do Estado tem maximizado os investimentos no Ophir Loyola.  Com a construção do novo anexo para atender patologias benignas, haverá expansão no serviço de transplante que continuará no prédio matriz.  O investimento, além de aumentar os números de leitos no Hospital, vai beneficiar os pacientes que recebem e doam um órgão no HOL, os quais vão contar com uma estrutura específica para continuar recebendo orientações por uma equipe multidisciplinar e acompanhamento  psicológico para avaliação do perfil , aceitação da cirurgia e readaptação do seu ritmo de vida.

Fonte: Ascom Ophir Loyola

Cartunista político é espancado na Síria



O cartunista político sirio, Ali Ferzat foi agredido segundo informações  foi detido no meio da rua por homens armados, arrancado de seu carro, levado a um local isolado e duramente espancado, tendo as mãos quebradas no ato, e  os principais suspeitos do crime sejam membros da polícia secreta do governo de Bashar al-Assad, presidente da Síria.

Coincidentemente,  Ferzat, de 60 anos,  apoiou a candidatura de Bashar, que por sua vez,  autorizou a criação de um jornal satírico, o Lamplighter, do qual o cartunista era colaborador. Este mesmo jornal foi fechado pelo governo em 2004 e até o momento, Ferzat era permitido que continuasse trabalhando em seus cartuns e charges políticas.
Em uma de sua charges mais recentes, o presidente sírio pegava carona com Muamar Kadafi, até recentemente ditador da Líbia e atualmente foragido . Ainda de acord com um parente do cartunista, , os agressores disseram ao cartunista que o ataque era um “aviso', e que quebrariam suas mãos para que não desenhasse mais.

(DOL, com informações do Melhores do Mundo)

O Parente que se cuide!

Governo reduz taxa de juros para microempresas de 60% para 8%


A presidente Dilma Rousseff lançou nesta quarta-feira (24) o novo programa de microcrédito do governo federal, agora chamado de Crescer. A principal mudança será a redução da taxa de juros, que cairá de até 60% ao ano para 8% ao ano. A medida vale para empreendedores individuais e microempresas com Faturamento de até R$ 120 mil anuais.

A expectativa do governo é de que 3,4 milhões de clientes deverão ser beneficiados pelo programa até 2013. Para tanto, foram disponibilizados R$ 3 bilhões, que serão divididos entre o Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal e Banco da Amazônia. A presidente explicou o objetivo do programa.

- O nome Crescer é significativo porque é isso que queremos para as pessoas que sonham com seus próprios negócios: que elas consigam crescer. Esse é um passo na caminhada da democratização do crédito.

Parta garantir as taxas de juros mais baixas, o governo vai abrir mão de R$ 500 milhões por ano, que serão destinados aos bancos, que são públicos. Os repasses serão feitos de forma mensal pelo Tesouro Nacional, com base no número, valor e prazo das operações de crédito contratadas. Bancos privados não estão excluídos do programa, mas ainda precisam do Aval do Ministério da Fazenda para começar a operar o programa.

O valor de cada operação, no entanto, está limitado a R$ 15 mil. O crédito pode ser utilizado paraCapital de giro, quando uma empresa precisa de dinheiro para fazer rodar as contas, ou para investimento.

A TAC (Taxa de Abertura de Crédito) também teve uma redução, passando de 3% sobre o valor financiado para 1% sobre o valor do crédito contratado.

O programa Crescer, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, é uma das portas de saída para aqueles que precisam do Brasil Sem Miséria, um guarda-chuva de ações do governo com o objetivo de combater a desigualdade social.

Ainda de acordo com Mantega, o público alvo do Crescer é composto por borracheiros, eletricistas, cabeleireiros, manicures, donos de padaria, bares e bancas de jornais.

- As pessoas terão um aumento da renda e têm no Crescer uma porta de saída. Isso faz parte da política de Expansão de crédito com a qual esse governo se comprometeu.

O programa será enviado ao Congresso Nacional em forma de Medida Provisória e deve começar a valer daqui a 30 dias.

Dilma ainda anunciou que pretende analisar o desempenho do programa até o final de 2013, até mesmo com a possibilidade de expandir o valor do crédito e de clientes atendidos.

- Queremos crédito para Capital de giro e Investimento porque isso vai levar, de uma forma virtuosa, a um aumento da Demanda e do consumo para a população.

Fonte: R7